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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

*Susto Number One*

No passado dia 14, vivi um dos meus maiores sustos, se não o maior até hoje...
Agora que já passou e que está tudo bem na medida do possível (marcas à parte), ponho-me a pensar... Neste momento estou bem mas basta um telefonema com uma notícia daquelas que ninguém quer receber para a vida bascular e parar. Dá arrepios ver o quão fácil posso perder a minha felicidade num piscar de olhos. E pena é só tomar consciência disso e dar-lhe valor quando o pior acontece.
Nesse dia, acordámos como normalmente ou melhor, o nosso alarme aka Ricardo acordou-nos como normalmente. Depois de prontinho,  por volta das 9 horas,  foi para a creche com o papá.  Eram 9h14 quando recebi "a" chamada que deixou o meu coração a bater mais forte. A chamada cujo conteúdo,  de tão inesperado, mais me pareceu uma farsa do meu marido do que outra coisa. Pelo menos era a esperança que tinha; que ele me dissesse que estava a brincar. Mas não disse e era tudo real.
O que aconteceu foi que o Ricardo caiu mal, acertou na quina de uma parede e bateu em cheio com a testa na parte mais pontiaguda da tijoleira. Resultado: abriu a testa bem fundo. As educadoras ligaram logo para o INEM e para nós. Cada vez que me lembro da ambulância à porta da escola e da maca à entrada da sala dele, dá-me um aperto no coração...
Quando cheguei ele já estava no colinho do papá, sossegado, com os bombeiros a tratar o melhor possível da ferida. Tivemos mesmo de ir até ao hospital mais próximo pois tinha de levar pontos devido à profundidade do corte (quanto aos centros de saúde,  no comments). Levou dois pontos mas portou-se que nem um homenzinho.
Por incrível que pareça,  passou o resto do dia muito bem disposto, como se nada tivesse acontecido. Nem uma queixa, nada.
Acho que no final, o susto acabou por ser maior para nós do que para ele. Não há direito acontecer a um adulto quanto mais a uma criança tão pequena...
Depois do susto vieram os "ses"... E se tivesse sido 3 cm mais abaixo e lhe atingisse o olho? E se tivesse sido 3 cm mais para o lado e lhe atingisse as fontes? E se ele tivesse ido para a escola 5 minutos antes, talvez isto pudesse ter sido evitado... E se, e se...
Acho que mãe que é mae não consegue não pensar nisso... Ele é a minha vida, a minha felicidade... Se ele está bem, eu estou bem. Se ele está mal, eu estou mal. É impossível dissociar uma coisa da outra.
Sei que, desde o dia em que ele nasceu, o meu coração nunca mais teve nem terá aquela paz de antigamente porque desde então preocupei-me, preocupo-me e preocupar-me-hei sempre para que nada de mal lhe aconteça...
Não os podemos pôr numa redoma de vidro e estas coisas são próprias da idade dele. Ele não pára quieto e adora correr.
Não lhe serviu de todo de lição até porque no próprio dia desatou a correr pela casa fora. Bom sinal apesar de tudo.
Tirámos os pontinhos passados 4 dias e que posso eu dizer... para cicatriz podia ter ficado pior...
Quanto a isso, resta deixar o tempo fazer o que de melhor sabe, atenuá-lá...
O Ricardinho, umas
horitas após ter sido cozido...


2 comentários:

Liliana Pereira disse...

Ai que só de ler e imaginar me arrepiei toda. Que susto!

Supimpona disse...

E que susto :(
Apesar de tudo correu bem e agora só fica a história para contar ;)
E quem o visse nesta foto nem imaginava pelo que tinha passado umas horas antes. Muito risonho. E ainda bem que assim foi, pois sempre descansou um pouquinho mais os papás :)
Beijinhos